Uma apresentação do Coral Zíper na Boca e a exibição de um documentário sobre a pandemia produzido pelo projeto #memoriascovid19 marcaram, na manhã desta quarta-feira (5), a abertura do 8º Simpósio dos Profissionais da Unicamp (Simtec). Nesta edição, em especial, o evento celebra 25 anos de existência. A cerimônia de abertura coincide com o aniversário de 56 anos da Universidade, comemorados também neste dia 5 de outubro.
Assista ao documentário do projeto #memóriascovid19
Até dia 9 (domingo), a programação do simpósio vai contar com mesas-redondas, palestras e atrações culturais e gastronômicas, entre elas a realização, no domingo, do “Chefs na Unicamp”. Na sexta-feira (7), o Simtec vai receber o Padre Júlio Lancelotti – pároco e pedagogo reconhecido pelo trabalho pastoral junto a pessoas em situação de rua e pela defesa dos Direitos Humanos, especialmente das crianças e dos adolescentes.
Confira a programação completa.
O Simtec é um evento em formato acadêmico no qual diferentes profissionais da Unicamp, em especial os técnicos de laboratório, podem expor trabalhos que evidenciam a contribuição de cada um para o desenvolvimento das atividades institucionais de ensino, pesquisa e extensão da Universidade.
Os temas abordados nesta edição são o desenvolvimento humano, a saúde, a sustentabilidade, a qualidade de vida e a cultura. Haverá, ainda, conversas e palestras com personalidades, como o jornalista Rodrigo Boccardi e o escritor e filósofo Fernando Moraes, da Humanideia. Além disso, o ex-reitor e atual secretário de Educação de Campinas, professor José Tadeu Jorge, fará uma retrospectiva dos 25 anos do SimTec.
Uma sessão de pôsteres vai destacar os trabalhos inscritos e haverá também apresentações artísticas e culturais ao longo dos dias. No domingo (9), na Praça do Ciclo Básico, está prevista a quarta edição do evento “Chefs na Unicamp” – quando especialistas vão oferecer ao público pratos representativos de diferentes culturas, como a brasileira – entre elas a indígena –, árabe, mexicana e japonesa. O Chefs na Unicamp pretende celebrar a diversidade e tem como tema “O sabor e o valor da diversidade”.
Cerimônia de abertura
Na cerimônia de abertura do 8º Simtec, o reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, lembrou da alta qualificação dos servidores e disse que a Universidade deve se apropriar do saber do seu quadro de funcionários para se fortalecer ainda mais.
“Nós temos uma apreciável quantidade de pessoas com doutorado e mestrado na Unicamp. Uma quantidade bastante expressiva”, disse ele. “E muita gente de ensino superior, graduados, com especialização. Muitos, ainda, que trabalham no ensino médio, mas têm formação superior. Nós temos uma tradição de formação muito importante”, afirmou o reitor. “Essa é uma riqueza da qual a Universidade deveria se apropriar, porque percebemos que ela poderá trazer ainda mais benefícios”, acrescentou.
Meirelles lembrou que a comunidade acadêmica da Unicamp conta com perto de 50 mil pessoas, que representam um grande potencial de desenvolvimento. “Somos, como instituição, um laboratório vivo. E nada melhor do que testar inovações e conhecimento aqui dentro. E esse é um desafio que todo servidor pode se impor”, avalia.
Protagonismo dos servidores
Presidente da Comissão Organizadora do evento, o servidor Edson Lins lembrou que o Simtec garante o protagonismo dos servidores no processo de construção da Universidade. “E nós precisamos manter esse protagonismo”, alertou ele, que também é coordenador da Escola de Educação Corporativa (Educorp). Segundo Lins, o SimTec ganhou dotação orçamentária, procedimento que garante a sua próxima edição.
Presidente do Comitê de Responsabilidade Institucional e Voluntariado, Adilton Leite se dirigiu aos servidores. “Vocês devem se sentir orgulhosos desta Universidade, porque ela reflete a qualidade do trabalho realizado por vocês”, afirmou ele. O Simtec deste ano contou com a participação de servidores de universidades federais, como Gustavo Cravo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Este evento aqui na Unicamp deve se tornar um exemplo para todo o país”, afirmou ele.
“É muito comum as federais conversarem entre si, assim como deve ocorrer com as estaduais paulistas, mas acho que essa interação entre a UFRJ e a Unicamp foge do óbvio e, por isso mesmo, é muito interessante”, disse Cravo. Ele avalia que o modelo de simpósio adotado na Unicamp favorece o protagonismo dos técnicos.
História
A primeira edição do Simtec foi realizada em 1997 por iniciativa de um grupo de funcionários da Universidade. Depois dessa primeira edição, que contou com a participação de 115 inscritos, o evento só voltou a ser realizado 11 anos mais tarde, em 2008, sob a liderança do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS). Cerca de 1.500 profissionais inscreveram-se nessa segunda edição.
A partir de então, o Simtec passou a ter periodicidade bianual. As quatro edições seguintes foram realizadas em 2010, 2012, 2014 e 2016. Houve um intervalo maior, de três anos, da sexta para a sétima e última edição do SimTec, realizada em 2019. Tanto a sétima como esta oitava edição do Simtec foram organizadas pela Educorp.
O Simtec foi um evento pioneiro, que serviu de inspiração para iniciativas semelhantes em outras universidades públicas brasileiras, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a UFRJ.
Outro evento inspirado no Simtec foi o Congresso de Profissionais das Universidades Estaduais Paulistas (Conpuesp), realizado em 2011 em parceria com a USP e a Unesp. De acordo com a organização, há discussões para a realização de um segundo Conpuesp em 2023.
Originalmente publica no Portal da Unicamp