O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, recebeu, na tarde desta sexta-feira (31), o embaixador do Nepal no Brasil, Nirmal Raj Kafle. No encontro, eles discutiram possibilidades para a realização de ações de parceria e colaboração entre a Unicamp e ao menos duas universidades nepalesas, a Tribhuvan University e a Kathmandu University – ambas sediadas em Katmandu, a capital do país. Esse foi o primeiro contato de representantes do país com a Unicamp.
O embaixador disse que o Nepal quer ampliar as ações de colaboração com instituições de ensino superior no Brasil, em especial nas áreas de transição energética, de pesquisas sobre energia solar e também de computação.
“Na verdade, estamos fazendo um primeiro contato para entender em que áreas nós poderemos tentar a abertura de algum canal de cooperação. Por enquanto, ainda estamos buscando informações sobre as possibilidades existentes”, explicou o professor Mahendra Prasad Panthee, que trabalha no Instituto de Matemática e Computação Científica (Imecc) da Unicamp. Panthee é nepalês e acompanhou o embaixador no encontro.
Ele contou que, além de ter entrado em contato com a Unicamp, o embaixador esteve junto a várias universidades públicas do Paraná e de Santa Catarina.
O Nepal é um país asiático, da região dos Himalaias, localizado entre o Tibet e a Índia. Sem costa marítima, é conhecido por ser o país onde está o Monte Everest, o ponto mais alto da terra, com mais de 8.500 metros de altura.
A Unicamp não registra nenhum convênio ou parceria com instituições nepalesas. Os únicos contatos existentes até agora foram as passagens pela Unicamp de dois estudantes, ambos de pós-graduação. O primeiro, em 2008 e o segundo, em 2011. Não há registro de professores ou estudantes da Unicamp que tenham tido alguma passagem pelas universidades nepalesas.
O professor Alfredo Barbosa de Melo, assessor da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI), lembrou que o encontro de hoje é apenas o primeiro e que, por conta disso, as negociações ainda estão fase inicial.
“Apesar de ser o primeiro contato, me parece que as negociações estão bem encaminhadas e acho que temos um caminho a trilhar juntos”, avaliou o professor. O reitor disse ver essa possibilidade de cooperação com otimismo. Lembrou que a Unicamp tem vocação para se relacionar com o mundo e aderiu com dedicação à ideia da Agenda 2030 e os objetivos do desenvolvimento sustentável.
“Essas coisas falam com muitos países no mundo. E, nesse aspecto, a gente tem uma característica que é tanto ter coisas que nos colocam muito próximos ao mundo desenvolvido, como questões que nos colocam em conversa com países do mundo em desenvolvimento”, pondera o reitor.
“O fato é que o eixo do mundo econômico hoje tem um peso do lado asiático muito maior. É importante para nós, também, ampliar essas ações de colaboração”, afirmou. “Uma eventual parceria é uma coisa ainda muito embrionária, mas eu tenho muita expectativa. Depende, é claro, de a gente achar os canais”, finalizou o reitor.
Originalmente publica no Portal da Unicamp