O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, recebeu na última sexta-feira (3/6) o presidente da EPTV, Antonio Carlos Coutinho Nogueira, e o diretor de relações institucionais da empresa, Paulo Brasileiro. Eles conheceram o trabalho da Agência de Inovação da Unicamp (Inova), o projeto do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) e diversos centros de pesquisa instalados no campus em parceria com agências de fomento, indústrias e empresas.
“Somos parceiros da Unicamp desde o começo das operações da EPTV. Testemunhamos o crescimento da Universidade e sabemos de sua importância para a ciência e a sociedade. Cobrimos temas da universidade em diversos veículos, desde os mais generalistas até aqueles dedicados à ciência e à tecnologia”, afirmou Nogueira. Participaram do encontro a diretora-executiva da Inova, Ana Frattini, o integrante do Master Plan do HIDS, Marcelo Cunha, e o assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa, Leonardo Duarte.
Foram apresentados aos diretores a estrutura da Inova e os ganhos obtidos com o apoio à inovação em diversas frentes, desde os projetos de incentivo ao empreendedorismo nos cursos de graduação até a incubação de empresas e a assessoria no registro de patentes. O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, hoje com 41 empresas, gera 729 empregos diretos e registrou, em 2021, um faturamento de cerca de R$ 55 milhões. Também foram apresentados dados das 1.131 empresas-filhas da Unicamp. “No ano passado, elas foram responsáveis por 38.963 empregos e tiveram um faturamento de R$ 16 bilhões”, destacou Ana Frattini.
O projeto de implantação do HIDS, distrito inteligente com diferentes usos, também foi explicado. “A ideia do HIDS é prover sinergia entre todos atores interessados na busca de soluções em desenvolvimento sustentável”, explicou Marcelo Cunha. Para ele, o projeto vai ao encontro dos Planos de Desenvolvimento Econômico do Estado e do Município de Campinas. A proposta do Plano Diretor será apresentada em setembro por uma empresa coreana que levou em conta sugestões da comunidade acadêmica.
Por fim, foram apresentados trabalhos realizados por centros de pesquisa e inovação da Unicamp, que contribuem para que a pesquisa científica da Universidade corresponda a cerca de 12% da ciência nacional. Leonardo Duarte enfatizou a necessidade de esses centros buscarem novos parceiros e se aproximarem de vários setores da sociedade, de forma a aprimorar suas pesquisas. “Além do aspecto científico, precisamos pensar na comunicação com a sociedade. Os Centros de Tecnologia contam com pessoas que elaboram planos de comunicação, desenvolvem projetos com escolas para promover ciência e tecnologia”, afirmou.
Antonio Meirelles destacou a importância de a Universidade estabelecer parcerias não apenas com o setor produtivo ou órgãos de fomento, mas também com instituições que contribuam com a formação de uma cultura de inovação e de valorização da ciência. “A reitoria tem buscado estreitar os laços com as instituições da região e uma relação com a EPTV é, nesse contexto, fundamental.”
Meirelles destacou que parcerias para a instalação de centros de pesquisas são compartilhadas com vários órgãos da Universidade, o que estende seus benefícios para além dos próprios centros. “São projetos que contam com bolsas para formação de alunos, de iniciação científica, mestrado e doutorado. Os convênios estipulam como será a propriedade intelectual de uma tecnologia, o que traz royalties para a Unicamp em casos de patentes conjuntas. As empresas compram equipamentos que são instalados aqui, e os professores podem utilizá-los em suas pesquisas, mas também em projetos de outros pesquisadores. São benefícios para as atividades principais da Universidade: formar pessoas e desenvolver a ciência”.
Originalmente publicada no Portal da Unicamp