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Da esqueda para direita, o diretor do Instituto de Computação; Leandro Villas; o reitor Antonio Meirelles; a ministra Luciana Santos e o diretor de Desenvolvimento da Samsung, Fernando Arruda 

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou, nesta quinta-feira (30), na Unicamp, que as universidades terão papel fundamental na política de ciência e tecnologia e de inovação do país. A ministra garantiu que o ministério está pronto para fomentar a pesquisa. “O certo é que a ciência voltou ao Brasil, e estamos agora aptos a fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico”, disse.

Pela manhã, Luciana Santos participou da posse do novo superintendente do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – Caism, o professor João Renato Bennini Jr, que substituiu o professor Luís Otávio Zanatta Sarian. Depois, ela visitou o Hub Viva Bem, laboratório de inteligência artificial implantado no Instituto de Computação (IC) com financiamento da empresa Samsung. No período da tarde, a ministra conheceu o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), responsável pela operação do Sirius, a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país, sendo uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron do mundo.

Santos contou estar trabalhando na implementação de projetos estruturantes que, segundo ela, são estratégicos para modernizar a infraestrutura de pesquisa no Brasil. Entre esses projetos, está o fortalecimento de um complexo industrial no entorno da assistência à saúde.

“Acreditamos que o Brasil reúne as condições para se tornar um hub internacional para a produção de IFA (Insumos Farmacêuticos Ativos) para reduzirmos o grau de dependência que o Brasil e o mundo todo têm hoje da China e da Índia”, disse ela. “Temos condições de produzir IFA, já produzimos e devemos voltar a produzir. Essa será uma das tarefas contemporâneas do nosso ministério”, afirmou. “E, nesse sentido, é fundamental a parceria com as universidades, que hoje são responsáveis por 90% da produção científica no país”, argumenta a ministra.

Pela manhã minista participou da cerimônia de posse do novo superintendente do Caism, João Renato Benini Jr
Na manhã de quinta-feira (30), a ministra participou da cerimônia de posse do novo superintendente do Caism, João Renato Benini Jr

Para a ministra, a estrutura do ministério já permite uma interação com a academia. Segundo ela, o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia lança editais para as linhas estratégicas do ministério, entre elas, os projetos ligados à nanotecnologia, biotecnologia, transição energética, mudança climática e ao complexo industrial de saúde. “Todas essas são áreas estão no escopo de prioridade do nosso Ministério para que o Fundo Nacional financie”, afirma.

“Outro mecanismo (de interação com a academia) é pela Lei da Informática, como é o caso desse hub aqui da Unicamp, o Viva Bem, e, às vezes, até mesmo recursos discricionários com questões pontuais, como parques tecnológicos. Portanto, há um mosaico grande de possibilidades”, afirmou.

“Em cada investimento que realizamos em pesquisa e desenvolvimento, ampliamos o acesso da população aos benefícios da ciência e tecnologia; melhoramos a qualidade de vida dos brasileiros, transformamos conhecimento em riqueza e promovemos o crescimento do país, criando oportunidade de emprego e renda”. finalizou a ministra.

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O reitor Antonio Meirelles acompanhou a ministra Luciana Santos em sua visita à Universidade

Ampliar interações

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, disse ter ficado entusiasmado com a disponibilidade da ministra em ampliar as interações com as universidades.

“Quando ouvimos de autoridades do governo federal, ou do governo estadual, a disponibilidade de a assistência à saúde gerar um complexo de industrialização, sinto uma enorme alegria de ver que podemos ter um futuro diferente”, disse o reitor. “Quando descobrimos que não tem IFA, que não se fabrica vacinas ou respiradores, isso é resultado de uma política que precisa ser revertida. E, hoje, temos a oportunidade de fazer isso”, afirma Meirelles.

“O Brasil foi o país que mais cresceu no mundo entre a Segunda Guerra e os anos 1970, mas cresceu sem incluir. Hoje, temos a possibilidade de fazer uma política de crescimento, mas de outra forma. E não há nada mais inclusivo que o atendimento público de saúde, viabilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, concluiu.


Originalmente publica no Portal da Unicamp

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