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O professor Hernandes Faustino Carvalho assumiu na tarde desta segunda-feira (3), o cargo de diretor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp para o período de 2022 a 2026. Ele vai substituir André Victor Lucci Freitas, que estava à frente do IB desde 2018. Também a partir desta segunda, Alessandro dos Santos Faria passa a ser o diretor associado da unidade, em substituição a Everardo Magalhães Carneiro. 

O professor Hernandes possui graduação em Ciências Biológicas (1987), mestrado em Biologia Celular (1989) e doutorado em Bioquímica (1993) pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professor titular da Unicamp.

Tem experiência na área de Biologia Celular e Molecular, com ênfase em Matriz Extracelular e Biologia Prostática. Foi chefe do Departamento de Biologia Celular do Instituto de Biologia por três mandatos. Também foi coordenador do Curso de Farmácia da Unicamp (2007-2008), gestor do Módulo A Célula, do curso de Medicina, e responsável pelas disciplinas Biologia Celular e Molecular (Ciências Biológicas).

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Hernandes Faustino Carvalho fica à frente da direção do IB até 2026, em substituição de André Victor Lucci Freitas 

Chave simbólica

Numa solenidade em que chegou a receber a chave simbólica do IB, o novo diretor diz estar ciente da grandeza do Instituto.

“Minha conclusão é que o IB é gigante. Um gigantismo garantido pelos gigantes que o compõem. É a partir do ombro desses gigantes, meus colegas, que pretendo dirigir o IB pelos próximos quatro anos”, disse ele. “É para honrar as quase 1,7 mil pessoas vinculadas ao Instituto de Biologia que pretendo atuar”, afirma.

O novo diretor diz que vai trabalhar pela melhoria nos sistemas de segurança e acessibilidade do Instituto. “Queremos transformar o IB num modelo para a Unicamp nesses dois aspectos”, disse.

“Queremos, fortemente, passar do modo urgência para o modo prevenção e planejamento. E essa transição demandará investimentos, de um lado, e o comprometimento da comunidade como um todo”, afirmou. “Queremos também ser modelo na utilização de animais para experimentação. Temos condições intelectuais e massa crítica necessária para isso”, garantiu.

Hernandes diz ter muitos planos em mente e alguns já em fase de elaboração, como, por exemplo, a criação de núcleos de síntese em educação, biodiversidade, biotecnologia e biomedicina. Ele diz ainda que pretende promover uma reformulação nos cursos de pós-graduação, a expansão das atividades de graduação e a sistematização das diversas ações de extensão.

Produção científica

O professor Hernandes possui 166 artigos publicados em revistas científicas de circulação nacional e internacional, seis livros publicados/organizados ou edições, 46 capítulos de livros publicados e um texto em jornais de notícias/revistas.

Orientou 24 alunos de mestrado, 18 alunos de doutorado, 1 aluno de iniciação científica e supervisionou 14 pós-doutorandos. Atualmente, orienta 1 aluno de mestrado e 1 aluno de doutorado.

“Ganho inestimável”

O professor André Victor Lucci Freitas agradeceu ao colega Everardo Magalhães Cordeiro. “Ele conhecia muito mais do que eu a estrutura do Instituto e sua ajuda na gestão foi inestimável”, reconheceu.

Agradeceu também aos funcionários do Instituto. “Quem me conhece sabe que eu nunca tive pretensões administrativas, mas essa experiência aqui no IB foi um baque para mim”, disse ele. “Mudou completamente a visão que eu tinha da própria Universidade e isso para mim foi um ganho inestimável”, afirmou.

O diretor homenageou os funcionários e docentes que trabalharam durante a pandemia; lembrou o importante papel desempenhado pelo Instituto na Força Tarefa instituída na Unicamp para o combate ao coronavírus e solidarizou-se com as famílias dos que morreram.

O novo diretor Hernandes Carvalho: planos de promover uma reformulação nos cursos de pós-graduação, a expansão das atividades de graduação e a sistematização das diversas ações de extensão
O novo diretor Hernandes Carvalho: planos de promover uma reformulação nos cursos de pós-graduação, a expansão das atividades de graduação e a sistematização das diversas ações de extensão

Autonomia universitária em risco

O reitor da Unicamp, professor Antonio Meirelles, agradeceu aos diretores que encerraram a gestão, desejou boa sorte à nova diretoria e fez um alerta. “A autonomia universitária está em risco”, disse.

Segundo o reitor, a autonomia financeira instituída em 1989 foi a responsável por um salto de qualidade nas universidades estaduais paulistas – Unicamp, USP e Unesp. Lembrou que, desde quando as três passaram a gozar de autonomia financeira plena, seus indicadores de produtividade apresentaram ganhos significativos.

O número de alunos matriculados nas escolas subiu 135% no período e o de títulos concedidos (estudantes formados), 194%. O número de mestres aumentou 302% e o de doutores saltou em 591%. E isso, segundo o reitor, só foi conseguido graças à garantia do orçamento. Meirelles lembrou, no entanto, que a decisão de manter o financiamento depende de decreto anual editado pelo governador.

“A autonomia não é lei. A Fapesp tem uma legislação constitucional, que estabelece um valor determinado do orçamento do Estado para financiar atividades de pesquisa. Mas o dinheiro que sustenta as três universidades estaduais é renovado todos os anos, na decisão do orçamento. Basta não renovarem”, alertou.

“Nessas três universidades, temos as principais atividades de pesquisa, de ciência, de geração de conhecimento, inovação e formação de pessoas. E queria aproveitar este momento porque eu acho que temos de inaugurar em nossa universidade uma perspectiva de mais abertura para o mundo exterior”, afirmou. “Para isso, precisamos não apenas mostrar a nossa importância, mas também dialogar com a sociedade”, afirmou. 

O IB em números:

Servidores docentes: 98

Servidores não-docentes: 141

Alunos de graduação: 583

Alunos de pós-graduação: 756


Originalmente publica no Portal da Unicamp

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